Polícia Civil do DF identifica suspeitas do assassinato de travesti Foto: Divulgação / PCDF |
A Polícia Civil do Distrito
Federal identificou as quatro suspeitas que participaram do homicídio da
travesti Ágatha Lios, de 23 anos, no dia 26 de janeiro deste ano em um centro
de distribuição dos Correiros em Taguatinga Sul. Ainda não se sabe o que teria
motivado o crime.
As travestis Daniel Ferreira Golçalves, de 22 anos, que atende
pelo nome social de Carolina Andrade); Francisco Delton Lopes Castro (Samira),
de 20 anos; Dayvisson Pinto Castro (Lohanny Castro ou Lorrane), de 18 anos; e
Greyson Laudelino Pessoa (Bruna Alencar), de 20 anos, estão foragidas. De
acordo com a delegada Glaucia Cristina da Silva, elas podem já ter fugido para
outros estados.
— Todas portavam facas e um facão. Correram as quatro atrás da
vítima e a cercaram. As primeiras que esfaquearam foram Carol e Bruna. Depois
as outras. E também ameaçaram quem tentasse impedir as agressões. Contra todas
elas há mandado de prisão, e estão foragidas. É importante divulgar as fotos
para que possamos efetuar as prisões, pois temos as informações que estão em
outros estados da federação — afirmou a delegada.
O caso está sendo investigado pela Delegacia Especial de
Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação
Sexual, ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin) que também
analisou as redes sociais das criminosas.
No perfil de Lohanny, havia um post datado do dia seguinte à
morte de Ágatha em que ela se vangloria do delito praticado, dizendo ainda que
se sentiu "ótima e tranquila".
"A gente só colher o que planta, gatas. Ela mexeu e
recebeu. Antes ela do que eu", escreveu.
Imagens de câmeras de
segurança centro de distribuição dos Correios mostram o momento em que as
suspeitas correm atrás da vítima. Por outro ângulo, no canto esquerdo, é
possível vê-las aplicando os golpes fatais.
— Sem nenhum receio
esfaqueiam, agridem e seguram a vítima, que não teve como reagir. Pela forma
como corria, acredito que ela não imaginava que fosse agredida lá dentro,
perceba que parece ter relaxado quando entrou, como se pudesse ser protegida,
mas infelizmente ninguém conseguiu fazê-lo — disse, ressaltando que os
funcionários foram ameaçados caso se aproximassem.
Ágatha foi morta em janeiro Foto: Facebook/Reprodução |
— É importante divulgar a
atuação da Decrin, bem como a sua existência para que as pessoas vindas de
grupos vulneráveis possam nos procurar, e no caso, em especial o LGBT, fazendo
denúncias — explicou. — A rua é livre e não se pode explorar ninguém. A
prostituição não é crime, mas sua exploração é — completou Glaucia Cristina, a
respeito da dos casos de exploração de travestis que foram revelados na região,
após o assassinato de Ágatha.
FONTE:https://extra.globo.com/casos-de-policia/policia-civil-identifica-suspeitas-de-morte-de-travesti-em-central-dos-correios-no-df-21551461.html